quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Prognósticos made in Davos

«(...)A queda da Casa de Saud parece ser o mais remoto dos seis cenários, e seria o único que faria disparar o preço do petróleo para os $262/barril.
Mais realista - e, por conseguinte, mais assustador – será o cenário em que o Irão declara um embargo de petróleo semelhante ao da OPEC, em 1973; isto, segundo Browder, poderá fazer aumentar o preço do petróleo para o dobro, à volta dos $131/barril. Outros cenários hipotéticos incluem um embargo declarado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chavez ($111/barril); guerra civil na Nigéria ($98/barril); agitação e violência na Argélia ($79/barril); e importantes ataques às infraestruturas no Iraque, pelos insurrectos ($88/barril).»

Um artigo interessante. De futurologia. Quanto mais não seja, para a estimada elite que se passeia pelos blogues exercitar um pouco as meninges, meditando, por exemplo, nos efeitos para a pujante economia portuguesa duma hipotética subida dos combustíveis para o dobro do preço.
Realmente, é uma pena que os motores dos sagrados automóveis não se novam a força de ideologia, retórica e estupidez. Ainda mais, porque deste terceiro produto já dispomos de refinarias de ponta e gaseodutos omnipresentes, bem como poços e reservas inextinguíveis. Só falta mesmo um professor Pardal, uma alma industriosa e benemérita que, num rasgo de engenho, ou puro desenrascanço tão típico do indígena, invente um adaptador, queimador ou carburador para tão abundante cristal.
Ficávamos todos ricos. Isso sim, isso é que era um choque tecnológico!