quinta-feira, junho 22, 2006

Timoratices e timoralidades

A crise de Timor, na perspectiva de John Pilger, um australiano com obrigação de perceber alguma coisa do assunto:
«John Howard is said to be pleased with his title of George W Bush's "deputy sheriff" in the South Pacific. He recently sent troops to a rebellion in the Solomon Islands, and imperial opportunities beckon in Papua New Guinea, Vanuatu, and other small island nations. The sheriff will approve.»

Continuo a não entender porque é que nosso colonialismo era péssimo e o neo-colonialismo é óptimo. Quer dizer, se forem portugueses a roubar, que são poucos, negligentes, e, por isso mesmo, não sacam muito, é hediondo, uma blasfémia contra os "ventos da História". Já se forem os anglófonos, que são mais que as mães e espoliam obsessiva e compulsivamente, até ao tutano, é perfeitamente natural, altamente lógico, extraordinariamente compreensível, completamente liberal, imaculadamente democrático e abençoado por Deus, Iahvé, senão mesmo pelo professor Karamba em pessoa.
Grande mistério!...
Moral da história:
Há quem não foda nem saia de cima. Não é o caso dos portugueses progressistas e beneméritos que o torrão pátrio viu vicejar nestes últimos trinta anos: amavelmente, sairam de cima para os outros montarem.

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